A criação do reino de Portugal, então chamado “Portucale”, coincidiu com a expansão do galego-português, língua que viria a originar a língua portuguesa. Entre os séculos XII a XV, essa língua foi se distinguindo claramente dos demais idiomas da região, num processo determinante para a conformação da nação portuguesa, a primeira do
mundo. Em 1179, D. Afonso Henriques obteve o reconhecimento formal da independência de Portugal pelo Papa, embora suas fronteiras ainda não estivessem estabelecidas. Nesse mesmo período, exércitos lusitanos cristãos, auxiliados por cruzados mercenários, prosseguiam na reconquista da Península Ibérica com a expulsão dos árabes. A tomada da rica cidade de Lisboa (1147) que, na ocasião, já era habitada por cerca de 60 mil famílias e abrigava o maior porto marítimo europeu da costa atlântica, foi um marco desse processo.
Para a reabertura do Museu da Língua Portuguesa, após o período de reforma decorrente do incêndio, a Exposição de Longa Duração foi revisitada, evidenciando a necessidade de incorporar novos itens expositivos. Nesse processo, foi realizada uma curadoria criteriosa para a seleção dos elementos que enriqueceriam a mostra, incluindo a imagem de iluminura que retrata cena de amor cortês.