Planta das fortificações de Damão e Forte de Sam. Irm.
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Descrição
Imagem da planta que representa duas construções fortificadas situadas em uma região costeira. A primeira, identificada como Damão, apresenta um núcleo urbano murado, com diversas habitações, igrejas e edifícios administrativos, indicando um espaço consolidado de ocupação portuguesa. A segunda, identificada como Forte Sam. Irm. (possivelmente uma abreviação para Forte de São Jerônimo), está posicionada separadamente, sugerindo função estratégica complementar de defesa da baía ou da foz do rio. No canto superior direito da imagem, há habitações com estruturas diferenciadas, possivelmente representando comunidades locais não cristãs ou áreas periféricas ao núcleo colonial. A planta é atribuída a António Bocarro e integra o "Livro das Plantas de todas as Fortalezas", elaborado no século XVII com o objetivo de registrar e sistematizar a infraestrutura militar e urbana do Império Português no Estado da Índia.
As fortificações de Damão e o Forte de São Jerônimo (Sam. Irm.) localizam-se na costa oeste da Índia, região sob domínio português a partir de 1559. Damão tornou-se um centro estratégico de presença luso-oriental, abrigando infraestruturas religiosas, residenciais e administrativas. A produção da planta por António Bocarro integra um esforço sistemático da Coroa Portuguesa de mapear, ilustrar e documentar suas possessões no ultramar. Esse material tinha função tanto de controle militar e planejamento territorial quanto de afirmação simbólica da ocupação e do poder colonial português em regiões distantes da Europa.
A planta foi incorporada ao acervo como parte do conjunto de itens iconográficos para a experiência "Português do Brasil", concebida para a reabertura do museu em 2021.