O mapa representa a ilha de Ceilão, atual Sri Lanka, localizada ao sul da Índia. A obra exibe contornos costeiros detalhados, acidentes geográficos, divisões internas e nomes de regiões e portos, com inscrições em francês. Elementos decorativos como cartelas, rosa dos ventos e escala gráfica complementam a composição.
Este mapa foi produzido por Guillaume de L’Isle, um dos mais importantes cartógrafos franceses, conhecido por seu rigor técnico e uso de fontes confiáveis de navegação e exploração. Gravado por Claude-Auguste Berey, editor e desenhista ativo em Paris, o mapa integra um período de intensificação da cartografia científica na Europa, voltada para o domínio e a exploração colonial.
A ilha de Ceilão foi historicamente uma região estratégica nas rotas comerciais do Oceano Índico, particularmente por sua localização e produção de especiarias, como a canela. Ocupada por portugueses a partir de 1505, passou ao controle holandês em meados do século XVII, e posteriormente britânico. A presença portuguesa deixou marcas profundas em seu litoral, cultura e religião, especialmente nas regiões ocidentais da ilha.
A planta foi incorporada ao acervo como parte do conjunto de itens iconográficos para a experiência "Português do Brasil", concebida para a reabertura do museu em 2021.