O mapa mostra em perspectiva a entrada da barra do Rio de Luanda, com indicação da cidade fortificada, posições defensivas, ilhas, bancos de areia, canais navegáveis e toponímia costeira. A carta é acompanhada por rosa dos ventos e linhas de rumo (radiantes), além de uma legenda descritiva com 18 referências, que identificam pontos estratégicos como fortalezas (Fortaleza de São Miguel, Fortaleza da Ponta da Ilha), morros, rios e pontos de observação, igrejas, conventos e edifícios civis, a ilha de Luanda e outros acidentes geográficos.
A cidade de Luanda era um dos principais centros administrativos e portos do Império Português no Atlântico Sul, funcionando como elo entre o continente africano e o Brasil, particularmente as capitanias do Sudeste.
A produção desse tipo de carta náutica detalhada fazia parte da rotina de engenheiros militares e cartógrafos coloniais, responsáveis por garantir a defesa costeira e o controle das rotas de entrada e saída do território.
A planta foi incorporada ao acervo como parte do conjunto de itens iconográficos criados para a experiência "Português do Brasil", concebida para a reabertura do museu em 2021.