Description
A exposição "Vidas em Cordel" foi uma correalização do Museu da Pessoa e do Museu da Língua Portuguesa, com curadoria do poeta e cordelista Jonas Samaúma, do cordelista e pesquisador do folclore brasileiro Marco Haurélio, e da xilogravadora Lucélia Borges. Baseada em narrativas individuais de pessoas comuns e personalidades, a mostra transformou essas histórias em obras literárias ao mesmo tempo épicas e cotidianas.
Dentre as 21 histórias de vida cordelizadas exibidas, três foram apresentadas ao público de forma inédita. Essas narrativas foram inspiradas nos depoimentos de personalidades que desenvolveram trabalhos de grande impacto na região da Luz, no centro histórico da capital paulista, onde o Museu da Língua Portuguesa está localizado. A exposição chegou a São Paulo após passar por Pernambuco (Santa Cruz), Bahia (Salvador, São José do Paiaiá, Mucugê e Feira de Santana) e Minas Gerais (Paracatu).
Entre as histórias inéditas, destacou-se Cleone Santos, que criou o Coletivo Mulheres da Luz, e Idibal Matto Pivetta, que teve atuação importante na defesa de presos políticos durante a ditadura militar no Brasil e fundou o Teatro Popular União e Olho Vivo (TUOV). A mostra também exibiu a trajetória de MC Kawex, rapper que viveu por 20 anos na Cracolândia, sendo uma voz ativa na região.
Além dessas, houve histórias de figuras conhecidas, como o líder indígena e imortal da Academia Brasileira de Letras, Ailton Krenak, e o jornalista Gilberto Dimenstein. A arte da xilogravura, característica das capas dos cordéis, também esteve presente, com gravuras produzidas por Lucélia Borges e Artur Soares, dando vida aos personagens e cenários das histórias.
A exposição contou ainda com uma cabine interativa no Saguão B, onde os visitantes puderam gravar depoimentos pessoais, que foram adicionados ao acervo digital do Museu da Pessoa.