Filme exibido no auditório do Museu da Língua Portuguesa, explorando a linguagem como elemento estruturador do cotidiano e atribuindo a ela um papel central na experiência humana. A obra parte do princípio de que a língua transcende sua função comunicacional, atuando como um mecanismo essencial na construção da realidade e na interação social.
Produzido a partir de arquivos iconográficos, audiovisuais e sonoros, o filme apresenta uma narrativa em que a linguagem não se limita à transmissão de significados, mas opera diretamente na organização das experiências humanas. Os registros reunidos demonstram como a comunicação influencia percepções e comportamentos, reforçando seu papel na articulação de sentidos e na transformação sociocultural. Ao destacar esse aspecto, a obra evidencia como a língua não apenas descreve o mundo, mas o constitui.
Além da dimensão comunicativa, o filme problematiza os mecanismos que possibilitam a fala, abordando aspectos da engenharia biológica da linguagem e seus desafios. A obra explora como padrões motores e interações cognitivas tornam a comunicação verbal possível, revelando os mistérios envolvidos na cognição da fala e sua relação com os processos de construção do significado.