Próximo a saída dos banheiros, o espectador era convidado a se sentar em bancos de praça para ouvir a leitura que Maria Bethânia fazia das páginas finais de Grande sertão: veredas. A escolha da cantora se deu por sua forte ligação com a literatura e sua familiaridade com a prosa de Guimarães Rosa. Telas instaladas no espaço exibiam imagens de Bethânia ofegante, respirando intensamente instantes antes de subir ao palco. Misturadas à leitura dos momentos finais de Diadorim, essas cenas reforçavam o conceito que permeava toda a exposição: tudo pode ser recomeçado — é sempre possível reler, redescobrir e alcançar um novo entendimento.
As janelas da sala também receberam uma intervenção artística. Uma espécie de prateleira projetada para fora do edifício apresentava os “Ensaios para a obra”, evocando as diversas tentativas de Rosa para fazer com que seu Grande sertão alcançasse o mundo.