O Reino de Castela foi uma das principais entidades políticas medievais da Península Ibérica. Originalmente um condado dependente do Reino de Leão, Castela tornou-se um reino independente no século XI, sob o governo de Fernando I e, posteriormente, de seu filho Afonso VI, que unificou temporariamente os dois reinos. Ao longo da Reconquista, Castela expandiu seus territórios para o sul, desempenhando papel central na expulsão dos mouros da península.
Durante os séculos XII e XIII, consolidou-se como um dos reinos mais poderosos da região, com destaque para o reinado de Fernando III, que unificou definitivamente os reinos de Castela e Leão em 1230. A língua castelhana (hoje conhecida como espanhol) começou a se afirmar como idioma da administração e da cultura.
No final do século XV, com o casamento de Isabel I de Castela e Fernando II de Aragão, iniciou-se o processo de unificação dos reinos ibéricos, que culminaria na formação da Monarquia Hispânica. O Reino de Castela foi, assim, a base política, econômica e linguística da Espanha moderna, e sua influência se estendeu amplamente com o início da expansão ultramarina.