Museológico

Chronica del Famoso Cavallero Cid Ruy Díez Campeador

1593

Reino de Castela

Identificação do documento/obra

Tipo

Natureza do itemObjeto DigitalDigitalizadoTipo de Item

Tipo documental

Gênero DocumentalTextualLivroGênero Documental

Incorporação Anterior

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Código de Inventário

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Título

Chronica del Famoso Cavallero Cid Ruy Díez Campeador

Descrição

Imagem de página de rosto da obra Chronica del Famoso Cavallero Cid Ruy Díez Campeador, publicada em 1593, em Burgos (Espanha), pela imprensa de Philippe de Junta e Juan Baptista Varesio. A obra apresenta-se com título impresso em vermelho e preto, tipografia renascentista e brasão xilografado colorido, com o escudo da monarquia espanhola e uma águia bicéfala coroada.

Características

Suporte/Material

PapelMaterial

Tinta tipográficaMaterial

Técnica

Impressão tipográficaTécnica

Número de Páginas

317

Contexto de produção

Autoria

Autor não identificadoPessoa

Philippe de Iunta ImpressãoPessoa

Juan Baptista Varesio ImpressãoPessoa

Local de Produção

LocaisEuropaEspanhaBurgosLocal

Contexto de produção

A Chronica del Cid Campeador, impressa em 1593 na cidade de Burgos, insere-se em um momento em que a Espanha vivia o auge do Império Habsburgo, sob o reinado de Felipe II. Este período foi marcado por um intenso esforço de construção de uma identidade nacional católica, imperial e herdeira das tradições medievais. A figura do Cid Campeador, ou Rodrigo Díaz de Vivar, cavaleiro castelhano do século XI, foi exaltada como modelo de lealdade, bravura e fé cristã contra os mouros. Ao longo dos séculos, sua imagem foi transformada em mito nacional e utilizada como ferramenta política e pedagógica. A crônica impressa em 1593 é parte desse processo de reinvenção editorial da memória histórica medieval, promovida com apoio ou tolerância da monarquia espanhola. A obra foi publicada na Imprenta de Philippe de Junta e Juan Baptista Varesio, em Burgos — cidade natal do próprio Cid, o que reforça o aspecto simbólico da edição. Impressa com licença real (con licencia), sua circulação foi autorizada pela coroa, o que revela a natureza legitimadora e ideológica da publicação. A tipografia renascentista, o uso de tintas vermelhas e pretas, e principalmente a grande xilogravura heráldica com o brasão real espanhol indicam o cuidado gráfico e o intento propagandístico da obra. Tais edições funcionavam como instrumentos de instrução moral e cívica, sobretudo em tempos de expansão imperial, contrarreforma e consolidação do poder régio.