Descrição
Imagem de página de rosto de obra de defesa da religião e das instituições imperiais, impressa no Rio de Janeiro, em 1825, na Typographia de Torres. A obra refuta o fanatismo e a hipocrisia religiosa, mencionando o panfleto crítico "Vovô Maçon" e as "sete cartas" do título "Antídoto Salutífero".
Contexto de produção
Publicada em 1825, esta obra surge em um Brasil recém-independente, ainda consolidando as bases do Império sob D. Pedro I, em meio a tensões ideológicas e religiosas. O texto busca defender a autoridade da religião tradicional (católica) no plano espiritual e o império no plano temporal, contrapondo-se a discursos anticlericais, liberais ou maçônicos que circulavam no período.
A menção crítica ao panfleto Vovô Maçon e às Sete Cartas do Antídoto Salutífero indica que a obra foi publicada como resposta a ataques ou provocações de grupos ilustrados, republicanos ou liberais. Ela participa, portanto, do debate público de seu tempo, em um contexto de forte disputa ideológica sobre o papel da Igreja, da Maçonaria e da autoridade política no novo Estado brasileiro.
O impresso expressa o tom moralizante e apologético característico da primeira fase do Brasil imperial, quando o regime buscava manter a ordem monárquica em meio às tensões de identidade nacional e religiosa. Obras como esta eram comuns nos ambientes de censura, imprensa controlada e debates impressos sob o olhar vigilante do Santo Ofício e do Estado.
Notas sobre Marcas e Inscrições
A página de rosto apresenta composição tipográfica austera, selo de censura ou biblioteca, e linguagem combativa típica da literatura de confronto ideológico no contexto do Império do Brasil.