Imagem da planta que representa a Baía de Tanavare, com algumas habitações desenhadas ao longo da costa e a presença de um navio ancorado próximo à margem, evidenciando a função portuária ou de parada estratégica da enseada. A disposição geográfica indica um local de possível interesse comercial ou militar, ainda que sem fortificação aparente. A ausência de estruturas muradas contrasta com outras plantas do conjunto, destacando a baía como ponto de vigilância costeira ou desembarque. A imagem integra o "Livro das Plantas de todas as Fortalezas", atribuído a António Bocarro, produzido no século XVII como parte da documentação visual do território controlado pela Coroa Portuguesa no ultramar.
A Baía de Tanavare (possivelmente Thane ou Tanevaré, variações toponímicas da costa ocidental da Índia) está situada em uma zona estratégica entre os centros de poder português no Estado da Índia. Embora a planta não mostre fortificações, a presença de um navio próximo à costa sugere seu uso como ponto de abastecimento, parada ou observação naval. A imagem cumpre função de reconhecimento geográfico no contexto da expansão marítima portuguesa e integra o projeto de mapeamento das áreas sob influência lusa. Produzida por António Bocarro, a planta servia ao planejamento logístico e à vigilância territorial do Império Português no Oriente.
A planta foi incorporada ao acervo como parte do conjunto de itens iconográficos para a experiência "Português do Brasil", concebida para a reabertura do museu em 2021.