Imagem de desenho em aquarela sobre papel, representando um tatu em vista lateral, com detalhamento anatômico e da carapaça. A ilustração apresenta características naturalistas, como a posição do animal, a precisão das proporções corporais e a atenção aos traços morfológicos, sugerindo uso científico e documental. A composição segue os padrões visuais utilizados em registros de fauna realizados entre os séculos XVIII e XIX, ligados a expedições e estudos de história natural no Brasil.
Este desenho foi produzido por Adrien Taunay durante a célebre Expedição Langsdorff, uma missão científica organizada pelo Império Russo e liderada pelo naturalista alemão Barão Georg Heinrich von Langsdorff. A missão tinha como objetivo explorar o interior do Brasil, percorrendo vastas regiões por meio de seus rios e documentando, em detalhes, a geografia, a fauna, a flora e as populações locais.
Adrien Taunay ingressou na expedição em 1825, substituindo o também renomado artista Johann Moritz Rugendas. A partir de então, passou a atuar como desenhista oficial da missão. Sua jornada teve início no Rio Tietê, ponto de partida da travessia que atravessaria o sertão brasileiro. Ao longo do trajeto, Taunay produziu numerosas aquarelas e desenhos que registravam a biodiversidade brasileira com impressionante precisão técnica e valor científico.