Descrição
Imagem de desenho em aquarela sobre papel, apresentando uma iguana de corpo alongado, representada de perfil, em repouso sobre um galho. A composição enfatiza o detalhamento da textura da pele, da cauda e das patas, com destaque para os traços anatômicos característicos do réptil, como a crista dorsal e a cauda longa e afinada. A ilustração segue o estilo científico-naturalista do século XVII ou XVIII com fundo neutro e foco total no espécime representado.
Contexto de produção
Esta ilustração faz parte do vasto conjunto de desenhos produzidos no âmbito das expedições científicas luso-brasileiras dos séculos XVIII e XIX, período marcado por um crescente interesse europeu em documentar a flora, fauna, minerais e populações das colônias. A imagem da iguana se insere, com grande probabilidade, na documentação elaborada pela chamada Viagem Filosófica liderada por Alexandre Rodrigues Ferreira (1783–1792), considerada uma das primeiras iniciativas científicas de mapeamento naturalista da região amazônica e outras capitanias do Brasil.
Nesse período, artistas naturalistas – como José Joaquim Freire, Joaquim José Codina, entre outros – acompanhavam os cientistas e eram encarregados de realizar registros visuais detalhados dos espécimes coletados ou observados, muitas vezes antes de serem preparados ou enviados à metrópole. Esses desenhos não eram apenas obras artísticas, mas documentos científicos, destinados a subsidiar a classificação taxonômica e a compreensão da biodiversidade tropical.
Notas sobre Marcas e Inscrições
Inscrição manuscrita como “Lacerta Iguana".
Há um carimbo da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro no campo visual da imagem.