Descrição
Luiz Carlos Villalta inicia o vídeo comentando que o papel da educação no Brasil durante o período colonial era de reproduzir as desigualdades existentes (riqueza, direitos e gênero) e em seguida fala sobre o quadro de fragmentação do ensino após a expulsão dos Jesuítas em 1759. Ao final discorre sobre as criações realizadas por Dom João VI no Brasil, após a chegada da corte portuguesa em 1808, tais como a Biblioteca Nacional.
Contexto de produção
Este vídeo integra uma série dedicada à reflexão sobre a formação histórica da educação no Brasil, destacando seus vínculos com a estrutura social e política da colônia e do império. O historiador Luiz Carlos Villalta, especialista em História da Educação e do Brasil colonial, analisa o papel da educação como instrumento de reprodução das desigualdades sociais, econômicas e de gênero no período colonial.
O vídeo inicia com uma crítica ao modelo educacional herdado da colonização portuguesa, centrado em privilégios e acesso restrito ao ensino formal, principalmente sob o controle da Companhia de Jesus. Villalta destaca como a educação colonial reforçava as hierarquias existentes, ao mesmo tempo em que excluía mulheres, negros, indígenas e pobres dos circuitos de letramento e saber.
A narrativa se aprofunda com a análise das consequências da expulsão dos jesuítas em 1759, determinada pelo Marquês de Pombal. Esse ato provocou uma profunda fragmentação do sistema educacional, deixando um vácuo institucional e contribuindo para a precarização do ensino em grande parte do território colonial.
Na parte final, o historiador comenta a chegada da Corte Portuguesa ao Brasil em 1808 e as medidas modernizadoras tomadas por Dom João VI, entre elas a criação da Biblioteca Nacional, da Imprensa Régia e de instituições voltadas à ciência, cultura e educação. Essas ações são apresentadas como tentativas de fundar um modelo ilustrado de Estado, ainda que restrito às elites, preparando o terreno para transformações futuras no campo da educação e da cultura letrada no Brasil.
O vídeo se insere em um contexto contemporâneo de revisão crítica da história da educação no país, e busca promover o reconhecimento das origens excludentes do sistema educacional brasileiro e seus legados ainda presentes.