Fotografia colorida de um homem indígena agachado, com o rosto desfocado. Seu corpo está pintado com grafismos tradicionais, com predominância das cores vermelho e preto, cobrindo o rosto, o tronco, os braços e as pernas. Ele utiliza elementos culturais de sua comunidade, como colares e mangas com estampa de onça. O fundo da imagem é completamente preto, o que realça a figura retratada e seus elementos visuais.
A fotografia faz parte do módulo "O enfrentamento dos mundos", da exposição principal do Museu da Língua Portuguesa.
Créditos da foto: Coleção Maureen Bisilliat / Acervo Instituto Moreira Salles.
A fotografia foi realizada em 1975 no Parque Indígena do Xingu (PIX), localizado no norte do estado de Mato Grosso. Criado em 1961, o parque foi a primeira terra indígena oficialmente reconhecida pelo governo brasileiro, resultado dos esforços dos irmãos Villas-Bôas e de intelectuais como Darcy Ribeiro e Marechal Rondon. O objetivo era garantir um território contínuo onde diferentes povos indígenas pudessem viver em segurança, com autonomia cultural e territorial, frente às crescentes ameaças de colonização, exploração econômica e violência.
Na década de 1970, o Parque do Xingu já abrigava diversas comunidades indígenas, especialmente aquelas do Alto Xingu, conhecidas por seus sistemas complexos de organização social, rituais e expressões culturais. Entre os povos que habitavam o parque à época estavam:
Kamaiurá
Kuikuro
Kalapalo
Wauja (ou Waura)
Mehinako
Yawalapiti
Trumai
Aweti
Matipu
Ikpeng (Txicão)
Yudjá (Juruna)