A exposição Oswald de Andrade: o culpado de tudo foi inaugurada em 27 de setembro. Com curadoria de José Miguel Wisnik, curadoria-adjunta de Cacá Machado e Vadim Nikitin, e consultoria de Carlos Augusto Calil e Jorge Schwartz, a exposição teve projeto expográfico assinado por Pedro Mendes da Rocha.
O ponto de partida da exposição foi uma provocativa frase escrita por Oswald de Andrade em 1933 no verso da folha de rosto da edição original de Serafim Ponte Grande:
“Direito de ser traduzido, reproduzido e deformado em todas as línguas.”
Essa afirmação orientou conceitualmente os idealizadores da mostra.
Pela primeira vez, o Museu da Língua Portuguesa apresentou uma exposição dedicada à vida e obra de um escritor paulista.
Segundo Wisnik, o objetivo da curadoria foi estruturar uma exposição que evidenciasse o papel decisivo de Oswald de Andrade na formação da cultura brasileira contemporânea, sem dissociar sua atualidade da complexa conjuntura histórica em que sua obra foi gerada.
A mostra abordou a obra e o pensamento de Oswald em três dimensões interligadas — poética, histórico-biográfica e filosófica — não como seções estanques, mas como camadas simultâneas de leitura e experiência.