Imagem de planta que apresenta a cidade de Malaca, com diversas construções fortificadas, muralhas, igrejas e habitações de diferentes estilos arquitetônicos. A composição reflete a complexidade urbana da cidade, com presença de núcleos residenciais portugueses, igrejas católicas, edifícios administrativos e a convivência (ou separação) com áreas habitadas por populações locais e comerciantes de outras origens. A estrutura murada mostra a importância militar de Malaca como ponto de controle estratégico no estreito de mesmo nome. Esta planta integra o conjunto visual produzido por António Bocarro no século XVII no "Livro das Plantas de todas as Fortalezas", com o objetivo de registrar os principais entrepostos militares e urbanos do Império Português no Oriente.
Malaca, localizada na Península Malaia, foi conquistada pelos portugueses em 1511, tornando-se um dos mais estratégicos e cobiçados entrepostos do Império Português na Ásia. Sua posição no estreito de Malaca permitia o controle do comércio entre o Oceano Índico e o Mar do Sul da China. A cidade tornou-se ponto de encontro de culturas — muçulmana, chinesa, hindu e europeia — e centro de evangelização católica. A planta elaborada por António Bocarro reflete essa diversidade e a importância da cidade dentro da rede militar, comercial e religiosa portuguesa no Oriente.
A planta foi incorporada ao acervo como parte do conjunto de itens iconográficos para a experiência "Português do Brasil", concebida para a reabertura do museu em 2021.