Descrição
Localizada na Ala Leste do 3º andar, a experiência Falares convida o visitante a mergulhar na pluralidade do português brasileiro, celebrando toda a sua riqueza, diversidade e vitalidade. Trata-se de uma verdadeira “sala” dedicada aos falares do Brasil, com foco especial na diversidade interna do português contemporâneo. O espaço valoriza os sotaques, os torneios frásicos típicos e as ondulações dialetais – sejam elas sintáticas, fonéticas ou prosódicas – que marcam o idioma ao longo de sua vasta extensão territorial.
Logo na entrada do hall, nove grandes telas verticais se distribuem pelo ambiente, formando um “bosque” de falares. O visitante caminha entre essas telas e vivencia diferentes aspectos da língua portuguesa falada no Brasil, em seus usos cotidianos, afetivos e sociais. Os depoimentos são exibidos em loop, conectando palavras, expressões e temas, como uma conversa viva que ecoa pela exposição.
Os totens da exposição trazem falas organizadas por grandes grupos temáticos: Jovens, Crianças, Griots, Pregões, Porta-vozes, Educadores, Imigrantes, Profissões e Cantos. Cada totem revela uma faceta da oralidade brasileira, permitindo que o visitante escute, reflita e reconheça a potência e a beleza do falar cotidiano.
Em uma das paredes, uma estação multimídia permite aprofundar a experiência, oferecendo acesso a um amplo acervo de registros orais e conteúdos explicativos. Nessa estação, o visitante pesquisa variações da língua portuguesa no Brasil sob diversas perspectivas: geográficas, socioculturais e temporais. É possível ouvir depoimentos de falantes refletindo sobre a própria língua, além de assistir a explicações breves de especialistas sobre os principais conceitos da variação linguística.
Entre os temas abordados estão:
– Por que o “s” é chiado no Rio de Janeiro?
– Por que mineiros e goianos não usam o pronome reflexivo? ("o fulano suicidou", "aposentou", "formou", "traumatizou" etc.)
– Por que o “r” quase não se pronuncia mais como nas falas dos nossos avós ou nas músicas de Carmen Miranda?
– A eterna polêmica entre o “certo” e o “errado” na língua.
– A força dos palavrões no cotidiano e sua relação com os dialetos regionais.
A estação multimídia reúne entrevistas e depoimentos organizados por temas:
A língua no tempo 1 e 2, Variações no falar 1 e 2, Certo ou errado 1 e 2, Língua e opressão 1, 2 e 3, Palavrões e dialetos 1, 2 e 3, Acordos ortográficos, Libras e português 1 e 2.